quinta-feira, 20 de maio de 2010

Derrube a barreira!




Na faculdade, temos uma disciplina chamada "Desenvolvimento Pessoal e Profissonal". O seu objetivo é para que nós, estudantes, aprendamos como lidar com nossos pacientes futuramente. Que os tratemos, não como simples corpos portadores de alguma doença que precisa ser curada, mas, como seres humanos que necessitam de ajuda.


Bom, enquanto preparava o relatório de uma conversa que tive com L.C ,23 anos, percebi uma atitude minha que me intrigou um pouco. Foi difícil reconhecer isso, mas...


Em minha primeira visita, assim que cheguei ao quarto da minha paciente para conversar com ela e sua acompanhante, esta me perguntou se eu queria sentar em sua cadeira. Só que...




"Fiquei em pé mesmo, durante toda a conversa, com a bolsa e a pasta sobre meu corpo."




Depois da visita, estive analisando essa minha atitude e fui capaz de criar duas justificativas para ela:


1)Eu não iria deixar a acompanhante em pé.


2) Como eu não tinha muitas idéias sobre o que conversar (afinal, era meu primeiro contato com pessoas desconhecidas), preferi ficar em pé, porque seria mais fácil ir embora “se o silêncio chegasse”.


Tentei, ao máximo, racionalizar minha atitude, e me detive, por um bom tempo, na primeira justificativa. Afinal, ela era muito mais lógica e aceitável, do ponto de vista moral, para explicar meu comportamento, cujo motivo verdadeiro é quase imperceptível.


A "verdade verdadeira" mesmo, é que eu estava muito apreensiva e estava tentando me defender de uma possível rejeição...


Quantas vezes já não agimos de forma semelhante em nosso dia-a-dia?


Mas isso é normal. Não se preocupe. O ruim é não reconhecer essa "falha" e continuar interpondo uma barreira enquanto tenta se relacionar com outra pessoas.




Obs: A acompanhante tinha onde sentar.


Na segunda visita, graças a Deus, tive a oportunidade melhorar minha atitude. Sentei-me, coloquei-me mas à vontade, e a conversa fluiu tão bem, que nem percebemos o tempo passar...




Por Juliane Pontes






Um comentário:

Mente Hiperativa disse...

São os medos e receios que todos nós temos. Às vezes nos protegem, às vezes nos limitam. Aí está a graça da coisa, saber quando devemos enfrentá-lo ou não, mudar ou não, a graça é que nada é cem por cento, nada é sempre certo ou errado. Nós é que temos que descobrir.